DESCRIÇÃO DA IMAGEM
SINÓTICA
Na análise sinótica desta
sexta-feira, observa-se uma grande quantidade de nuvens carregadas que estão ocasionando
fortes pancadas de chuva acompanhada de trovoadas (em tons de laranja, amarelo,
azul e rosa), entre o MS, PR e Litoral Norte de SC, devido à atuação de um
cavado em superfície (área alongada de baixa pressão) com núcleo de 1008hPa.
Outro fator que contribui na instabilidade deste cavado é o fluxo de ar quente
e úmido aliado à termodinâmica em baixos níveis, resultando em uma intensa
fonte de energia potencial. Nota-se que o cavado comentado anteriormente, esta
conectado a uma frente fria que penetra desde o Litoral Norte de SC, prosseguindo
ao longo do Atlântico adjacente, acoplado ao ramo quente que segue ligado a
outro ramo frio até uma baixa pressão em oclusão com núcleo central de 954hPa (fora
do domínio dessa imagem), possuindo forte gradiente de pressão e atuando com forte
ação baroclinica. Na retaguarda deste sistema, observa-se uma alta pressão
pós-frontal, com núcleo pontual de 1020hPa, onde o movimento anticiclonico, favorece
a formação de um cavado que se estende sobre o Atlântico. Além disso, a dinâmica
desse anticiclone propicia a formação de um cavado invertido de onda curta,
cujo qual é detectado sobre a Argentina, onde produz alguns núcleos de
trovoadas. O Anticiclone Subtropical do
Atlântico Sul (ASAS), encontra-se amplo e com pressão central de 1029hPa (fora
do alcance da figura), mantendo uma intensa crista (área alongada de alta
pressão) estendida na orientação (noroeste a sudeste) sobre o Atlântico
adjacente, sendo responsável pela descendência do ar troposférico em altos
níveis (200hPa), resultando na compreensão adiabática do ar, o que mantém a estabilidade
(em tons mais escuro).
Graduando em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia
Graduando em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia