ANÁLISE SINÓTICA - 06/03/2015

Imagem Reproduzida Sinoticamente por: Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia. 
Hora Local: 12:00UTC 

                        DESCRIÇÃO DA IMAGEM SINÓTICA
Na análise sinótica desta sexta-feira (12UTC), observa-se sobre o realce da imagem de satélite, uma grande quantidade de nuvens (em tons de cinza e laranja) que predominam sobre boa parte da Região Sul, Sudeste e Centro Oeste do Brasil, onde tal nebulosidade esta associada ao fluxo de umidade entre os níveis médios e altos da atmosfera (500 e 200hPa), que por sua vez, esta sendo gerada através de uma intensa crista troposférica em 200hPa (área alongada de alta pressão), onde é produzida através da Alta da Bolívia (anticiclone que ocorre na alta troposfera, no verão, onde o mecanismo principal deste sistema é o forte calor). Observa-se sobre o Oceano, muitas nuvens carregadas ligadas a um cavado de onda curta (área alongada de baixa pressão), acoplado ao ramo frio que prossegue sobre o Atlântico adjacente, até uma baixa pressão em oclusão, com núcleo pontual de 1000hPa, possuindo fraco gradiente de pressão. A magnitude deste sistema favorece um cavado nos níveis intermediários da atmosfera (500hPa). Na retaguarda deste sistema, nota-se a atuação de outro sistema frontal, acoplado a um ciclone extratropical em oclusão com valor central de 972hPa (fora do alcance desta imagem), possuindo forte ação baroclinica. Observa-se sobre o Atlântico um anticiclone pós-frontal, na altura do Litoral da Argentina, possuindo núcleo central de 1016hPa, onde a dinâmica deste sistema favorece uma intensa crista sobre o território Argentino, sendo responsável pela descendência do ar troposférico em altos níveis (200hPa), resultando na compreensão adiabática do ar, o que mantém a estabilidade (em tons mais escuro). Outro cavado é detectado sobre o Extremo Sul da Argentina, mantendo muita nebulosidade irregular e chuva fraca. Um núcleo de baixa pressão, com valor de 1011hPa, associado a um cavado em superfície, que se estende até o Rio Grande do Sul, é observado  sobre o Norte da Argentina e recebe uma grande quantidade de energia potencia (ar relativamente quente e úmido), advectado da Floresta Amazônica, sendo responsável por organizar núcleos convectivos (Cumulunimbus), ocasionando pancadas de chuva acompanhadas de trovoadas e até mesmo possível granizo isolado. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), encontra-se bem ampla sobre a altura de SC (fora do domínio desta imagem), e com isóbara central de 1024hPa, onde a configuração deste sistema, possibilita a formação de um cavado invertido (na vanguarda do sistema frontal, comentado anteriormente), onde se encontra embebido pelo escoamento baroclinico em 500hPa

Graduando em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia