ANÁLISE SINÓTICA - 17/02/2015

Imagem Reproduzida Sinoticamente por: Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia. 
Hora Local: 11:00UTC 

                        DESCRIÇÃO DA IMAGEM SINÓTICA
Na análise sinótica desta terça feira (11UTC), observa-se sobre o realce da imagem de satélite, uma grande quantidade de nuvens carregadas associadas à Zona de Convergência de Umidade (ZCOU), que se estende desde o Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Sul de Goiás, São Paulo, Sul de Minas Gerais, prosseguindo ao longo do atlântico adjacente até um ciclone subtropical, com núcleo de baixa pressão de 1004hPa, possuindo fraco gradiente de pressão. Os ciclones subtropicais, possuem núcleos frios em altos níveis (200hPa) e quentes em baixos níveis (850hPa), onde obtém uma dinâmica de desenvolvimento diferenciado com relação aos ciclones extratropicais. Sua formação no Hemisfério Norte (HN), é baroclinica na presença de vorticidade ciclônica sobre temperatura do mar quente. Nota-se que a ZCOU, esta ligada a uma frente quente acoplada a um ramo estacionário que se estende gradativamente sobre o atlântico adjacente. Observa-se sobre a Argentina, núcleos de trovoadas (em tons de laranja e amarelo), associados a um cavado de onda curta (área alongada de baixa pressão) ligado a uma frente fria que se estende progressivamente ao longo do Oceano Atlântico, até uma baixa pressão em oclusão com valor pontual de 975hPa. Na retaguarda deste sistema, uma alta pressão pós-frontal com núcleo pontal de 1020hPa, mantém advecção de umidade, favorecendo a descendência do ar nos níveis mais profundos da atmosfera (200hPa), resultando na compreensão adiabática do ar, deixando tempo mais estável sobre a Argentina e Oceano (em tons mais escuro). Sobre o Paraguai, o ar quente e úmido proveniente da superfície, contribui na manutenção de uma área de baixa pressão com núcleo de 1008hPa, cujo qual, mantém seu cavado de onda longa estendido sobre boa parte dos setores mais ao Noroeste da Argentina, produzindo nebulosidade irregular. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), esta com pressão central de 1038hPa, na altura da Argentina, e atua com escoamento anticiclônico sobre vanguarda da frente fria (comentada anteriormente), propiciando uma crista (área alongada de alta pressão), sobre esta Região e alguns cavados invertidos sobre o Atlântico adjacente, que são embebidos pelo escoamento baroclínico que ocorrem nos níveis médios da troposfera.

Graduando em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia