ANÁLISE SINÓTICA - 04/01/2015

Imagem Reproduzida Sinoticamente por: Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia. 
Hora Local: 06:00UTC 
         DESCRIÇÃO DA IMAGEM SINÓTICA
Na análise sinótica deste domingo (06UTC), observa-se um cavado (área alongada de baixa pressão) ligado a um ramo estacionário acoplado a uma frente fria, que se estende gradativamente sobre o atlântico adjacente até um centro de baixa pressão com valor pontual de 976hPa, possuindo forte gradiente de pressão embebido pelo escoamento baroclínico nos níveis intermediários da atmosfera (500hPa). Este sistema recebe (com intensidade mais fraca) o transporte de ar relativamente instável (ar quente e úmido), advectado da Floresta Amazônica, provocando núcleos convectivos sobre a Região do cavado frontal. Além disso, a instabilidade pós-frontal que se observa sobre o Paraná, recebe o fluxo entre os níveis de 700 e 500hPa, aumentando progressivamente o calor latente, gerando rápido levantamento de ar (quente e úmido), provocando fortes pancadas de chuva, acompanhadas de trovoadas (descargas elétricas). Um sistema de alta pressão (massa de ar seco) é avistado sobre o Litoral de Santa Catarina, mantendo o escoamento anticiclônico sobre a Região Sul do Brasil, o que inibe a formação de nuvens (em tons mais escuros). Um sistema frontal é detectado sobre o Atlântico adjacente na altura do Uruguai e Argentina, cujo qual, possui seu núcleo de baixa pressão com valor central de 1001hPa. A dinâmica deste sistema, favorece um intenso cavado nos níveis de 500hPa. Na retaguarda deste sistema, nota-se a atuação de um centro de alta pressão, com valor de 1018hPa, onde o escoamento anticiclônico reflete em uma crista troposférica (área alongada de alta pressão), sobre o território Argentino e Uruguaio, contribuindo na forte advecção de umidade aumentando a compreensão adiabática do ar, resultando na estabilidade do ar. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), encontra-se com isóbara central de 1024hPa (fora do alcance da imagem), contribuindo na confluência de ventos. A configuração da confluência é favorecida pela difluência em altitude e forma instabilidade observada na imagem de satélite.

Graduando em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia