Sábado, 31 de janeiro de 2014
Imagem Reproduzida Sinoticamente por:
Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia.
Hora Local: 10:30UTC
ANÁLISE DA IMAGEM SINÓTICA
Na análise sinótica desta sexta-feita (10:30UTC),
observa-se sobre o realce da imagem de satélite,
um intenso cavado em superfície (área alongada de baixa pressão) com núcleo
central de 1008hPa, que ondula com curvatura ciclônica e com grande
amplitude entre o Paraguai, prosseguindo sobre boa parte do território
Argentino. Uma frente fria é avistada sobre a Província de Rio Negro na
Argentina, onde o seu ramo frio se estende sobre parte do Oceano Atlântico
adjacente, prosseguindo até uma baixa pressão com valor central de 994hPa, possuindo
fraco gradiente de pressão (fora do domínio desta imagem). Entre o noroeste da
Argentina se estendendo sobre a divisa do Rio Grande do Sul e Uruguai, nota-se
a atuação de muitas nuvens irregulares (em tons de cinza, laranja e amarelo), associadas
à presença de outro cavado, ligado a um ramo estacionário que se prolonga sobre
o Atlântico adjacente, ocasionando pancadas de chuva acompanhada por trovoadas.
O Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), que atua sobre o Oceano na
altura da Região Sul do Brasil, com núcleo central de 1020hPa, mantem sua crista (área alongada de alta pressão)
estendida sobre o Atlântico, com curvatura anticiclonica, contribuindo na forte advecção de umidade, o que favorece a
descendência do ar nos níveis mais profundos da atmosfera, resultando na compreensão
adiabática. Além disso, esse sistema possui alguns cavados embebidos pelo escoamento baroclínico que ocorrem em
níveis intermediários da atmosfera (500hPa), e ainda mantém um fluxo anti-horário (em 850hPa) sobre boa parte
do território brasileiro, contribuindo no ressecamento do ar (em tons mais
escuro na imagem).
Graduando
em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia