Sábado, 25 de janeiro de 2014
Imagem Reproduzida Sinoticamente por:
Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia.
Hora Local: 16:00UTC
ANÁLISE DA IMAGEM SINÓTICA
Na
análise sinótica deste sábado (16UTC), observa-se sobre o realce da imagem de
satélite, uma grande quantidade de nuvens carregadas (em tons de laranja, amarelo
e azul), entre o Paraguai, boa parte do Mato Grosso do Sul e parte do Sudeste a
Leste de Goiás, associadas ao escoamento ciclônico de leste, configurando a
presença de um cavado invertido (área alongada de baixa pressão), com núcleo central
de 1009hPa, mantendo a convergência de ar em superfície, contribuindo na forte
ação dos altos índices de instabilidade. O escoamento de
umidade (Jato de Baixos Níveis) que é advectado da Floresta Amazônica é
responsável por emitir uma grande concentração de energia potencial sobre o
cavado comentando anteriormente. Além disso, essa fonte de calor e umidade,
esta contribuindo na manutenção de outro cavado, detectado sobre a Bolívia, com
núcleo pontual de 1008hPa, o que mantém a intensificação das áreas mais ativas
ligadas pela forte convecção que ocorre em superfície. Observa-se também,
a atuação de um ramo estacionário sobre o Paraguai, ligado a uma extensa frente
fria, que se estende desde o
estado de SC, e progressivamente ao longo do Oceano Atlântico adjacente, onde
se acopla ao ramo frio que
prossegue até uma baixa pressão em oclusão com valor pontual de 988hPa (fora do
domínio desta imagem), onde esta sofrendo forte gradiente de pressão. Na
retaguarda deste sistema, observa-se um anticiclone pós-frontal (massa de ar seco),
com valor central de 1023hPa, que mantém uma intensa crista ondulada (área
alongada de alta pressão) estendida, sobre parte da Argentina e Oceano,
contribuindo na forte advecção de umidade, o que favorece a descendência do ar
nos níveis mais profundos da atmosfera. O Anticiclone Subtropical
do Atlântico Sul (ASAS), (fora do alcance desta imagem) esta mal configurado, e
possui núcleo pontual de 1016hPa. Sobre o estado do Paraná, a combinação do
calor mais a umidade, favorece a formação de áreas de instabilidade que são
favorecidos pelo forte calor pré-frontal.
Graduando
em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia