Imagem Reproduzida Sinoticamente por:
Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia.
Hora Local: 17:00UTC
ANÁLISE DA IMAGEM SINÓTICA
Na análise sinótica deste domingo (17UTC),
observa-se uma grande quantidade de nuvens carregadas (em tons de laranja,
amarelo e azul, com topos que variam entre -30 a -70ºC), associado a núcleos convectivos,
que são provocados pela influência de um cavado (área alongada de baixa pressão),
que possui núcleo central de 1004hPa, o qual ondula
com curvatura ciclônica e com grande amplitude entre o território
Argentino, prosseguindo sobre o Rio Grande do Sul até parte do Atlântico
adjacente. Esta instabilidade é fortalecida pela incursão de
umidade nessas áreas provenientes de fontes como a da Amazônia e da região do
Chaco (boliviano e paraguaio), além do calor e do regime dos ventos. A
combinação dessas três variáveis, calor, umidade e jato de baixos níveis (850hPa),
possibilita a formação destes aglomerados de nuvens, sobre tudo na Faixa Leste
da Região Sul do Brasil, ocasionando pancadas de chuva acompanhada de trovoadas.
Uma frente fria é avistada sobre o Oceano Pacífico se estendendo sobre o Chile,
Sul da Argentina, onde prossegue ao longo do Oceano
Atlântico adjacente, que se acopla ao ramo frio, prosseguindo até uma baixa pressão
em oclusão com valor pontual de 996hPa (fora do domínio desta imagem), onde
esta sofrendo forte gradiente de pressão. A dinâmica deste sistema provoca
um intenso cavado nos níveis intermediários e altos da atmosfera (500hPa e
200hPa), contribuindo nos altos índices de instabilidade. Outro cavado em
500hPa, foi detectado sobre a Argentina e Uruguai, o que contribui na convergência
de umidade em superfície, gerando nebulosidade convectiva sobre tudo na Faixa
Leste do Uruguai. O Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), encontra-se
bem amplo e configurado, com isóbara central de 1024hPa, mantendo o escoamento anticiclonico
mantido por uma crista atmosférica (área alongada de alta pressão) contribuindo
na forte advecção de umidade que favorece a descendência do ar nos níveis mais
profundos da atmosfera, resultando na compreensão adiabática do ar. Além disso, esse sistema possui alguns cavados embebidos
pelo escoamento baroclínico que ocorrem nos níveis de (500hPa). Nas demais
Regiões, notam-se a presença de muitas nuvens em função da forte ação convectiva.
Graduando
em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia