ANÁLISE SINÓTICA_08/03/2013

                                                ANÁLISE SINÓTICA
                                   Sexta-feira, 08 de Março de 2013
Imagem Reproduzida Sinóticamente por: Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia.
Hora Local: 12:45h
                                     ANÁLISE DA IMAGEM SINÓTICA
No realce da imagem de satélite desta sexta-feira, observa-se uma intensa área de instabilidade associada a presença de um cavado (área alongada de baixa pressão) que aprofunda-se em uma baixa pressão, com valor pontual de 1007hPa, (em tons de cinza, laranja, amarelo e azul) provocando, pancadas de chuva acompanhadas de trovoadas, granizo e até mesmo vendaval em áreas isoladas. Esse sistema, recebe o escoamento de umidade entre os níveis médios e altos da troposfera (em 500hPa e 200hPa), onde ocorre a advecção de ar quente associada a convecção, que por sua vez, esta sendo gerada através de uma intensa crista troposférica em 200hPa (área alongada de alta pressão), onde é produzida através da Alta da Bolívia. Além disso, a umidade advectada da Floresta Amazônica (ar quente e úmido), é também um dos fatores que são responsáveis por alimentar este SCM (Sistema Convectivo de Mesoescala). Um evento como o SCM apresenta duração aproximada de 06 h até mais, e gera invariavelmente temporais acompanhados de grande concentração de descargas atmosféricas e até episódios associados a micro explosão e tornados. Entre o Oceano Pacífico, Chile e Argentina, nota-se a presença de jato subtropical (ventos fortes em altos níveis da troposfera), o que vem gerando energia potencial ao respectivo cavado. Mais ao Sul da Argentina, observa-se a atuação de outro cavado, provocando muitas nuvens carregadas e áreas de trovoadas. Entre São Paulo, Minas Gerais e Goias, observa-se um cavado invertido de onda mais curta em superfície, que reforça a instabilidade provocando células convectivas, gerando pancadas de chuva acompanhadas de trovoadas e até mesmo granizo. No Oceano Atlântico, nota-se um sistema frontal, que se acopla a uma baixa pressão com valor pontual de 987hPa, possuindo forte gradiente de pressão. Por se tratar de um sistema baroclínico e ciclônico  ainda provoca um cavado em 200hPa reforçando a respectiva instabilidade, além do levantamento de ar quente. Um anticiclone (massa de ar frio e úmido) sobre o Oceano, com núcleo pontual de 1017hPa, mantém uma crista troposférica estendida com curvatura anticiclônica  sobre o Oceano e parte do território Argentino, provocando a descendência do ar nos níveis mais profundos da atmosfera, o que inibe a formação de nuvens. Em Santa Catarina, a instabilidade gerada através de um Sistema Convectivo de Mesoescala, provoca temporais localizados sobre o Extremo Oeste, Oeste e Divisa com o Rio Grande do Sul. Nas demais Regiões, céu com muitas nuvens, alternando com algumas aberturas de sol e com chuvisco em pontos mais isolados.

Graduando em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia