Imagem
Reproduzida Sinóticamente por: Piter Scheuer_Técnico em
Meteorologia.
Hora
Local: 06:45h
ANÁLISE
DA IMAGEM SINÓTICA
Na
imagem de satélite deste domingo, nota-se a presença de muitas
nuvens carregadas (em tons de cinza, laranja, amarelo e azul), devido
a presença de um cavado (área alongada de baixa pressão), com
núcleo central de 1002hPa, que se estende sobre Argentina até o
Paraná, influenciando também nas condições do tempo, sobretudo no Rio Grande
do Sul, e Uruguai. Esse sistema, recebe o escoamento de
umidade entre os níveis médios e altos da troposfera (em 500hPa e
200hPa), devido um jato subtropical (ventos forte em altos níveis da
atmosfera), onde ocorre a advecção de ar quente associada a
convecção, que por sua vez, esta sendo gerada através de
uma intensa crista troposférica em 200hPa (área alongada
de alta pressão), onde é produzida através da Alta da
Bolívia. Além disso, a umidade advectada da Floresta Amazônica (ar
quente e úmido) que é potencializado pelo JBN (jato de baixos
níveis), é também um dos fatores que são responsáveis por
alimentar este cavado, onde organiza áreas de instabilidades com
temporais localizados em alguns pontos. Observa-se sobre o Oceano
Atlântico, na altura do Litoral da Região Sul e Sudeste do Brasil,
a presença de outro cavado, que é embebido pelo escoamento ciclônico entre os níveis baixos da atmosfera. Um sistema frontal
com seu ramo frio sobre a Província de Buenos Aires, na Argentina e
Atlântico onde
se acopla ao ramo frio e que prossegue até uma baixa pressão em
oclusão com valor pontual de 980hPa, esta sofrendo, forte ação baroclínica e com forte gradiente de pressão. A Alta Subtropical do
Atlântico Sul (ASAS), com pressão central de 1018hPa, (fora do
dominío desta imagem) se encontra bem ampla e com escoamento anticiclônico sobre boa parte do Nordeste Brasileiro, propiciando
cristas (área alongada de alta pressão) sobre esta Região e alguns
cavados invertidos sobre o Oceano, que são embebidos pelo escoamento baroclínico nos níveis médios da atmosfera. Um núcleo de alta pressão pós
frontal, é avistado sobre a Argentina (massa de ar seco), com núcleo
central estimado de 1015hPa, o que inibe a formação de nuvens,
resultando em uma atmosfera estável. Em SC, o dia amanhece com uma
maior concentração de nuvens baixas, sobretudo no Planalto Sul e
Extremo Oeste, alternando com grandes aberturas de sol. Nas demais
regiões a descendência de ar, mantém predomínio de céu claro a
poucas nuvens.
Graduando
em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia