ANÁLISE SINÓTICA_07/03/2013

                                                ANÁLISE SINÓTICA
                                      Quinta-feira, 07 de Março de 2013
Imagem Reproduzida Sinóticamente por: Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia.
Hora Local: 11:15h

                                    ANÁLISE DA IMAGEM SINÓTICA
Áreas de instabilidades associadas a presença de um cavado (área alongada de baixa pressão), que aprofunda-se em um sistema de baixa pressão com valor pontual de 1006hPa, vem produzindo uma grande quantidade de nuvens carregadas (em tons de cinza, laranja, amarelo, azul e rosa) sobre o Noroeste da Argentina, Paraguai, Sul do Mato Grosso do Sul, boa parte do Paraná, São Paulo, Noroeste do Rio Grande do Sul, e Oeste de Santa Catarina. Este sistema, é intensificado pelo fluxo que advecta ar quente úmido de fontes provenientes como a da Amazônia e Chaco Boliviano, nos níveis baixos da atmosfera 850hPa (jato de baixos níveis), resultando na potencialização da instabilidade do ar, provocando pancadas de chuva localmente fortes, associadas a trovoadas e até mesmo granizo. Entre o Oceano Pacífico, Chile e Argentina, nota-se a presença de jato subtropical (ventos fortes em altos níveis da troposfera), o que vem gerando energia potencial a outro respectivo cavado, (em tons de cinza, laranja e amarelo). Um sistema frontal é avistado sobre o Oceano Atlântico, onde se acopla ao ramo frio e que prossegue até uma baixa pressão em oclusão com valor pontual de 975hPa, configurando um sistema baroclínico e com forte gradiente de pressão. Na vanguarda deste sistema, observa-se um centro de baixa pressão com núcleo central de 995hPa, o qual mantém estendido seu cavado ao longo do Oceano Atlântico. Outro cavado é detectado sobre o Oceano, na altura da Região Sudeste e Sul do Brasil, alinhado a algumas áreas de instabilidade, onde provocam muitas descargas atmosféricas (raios). A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), fora do domínio desta imagem, apresenta-se com valor central de 1020hPa, emitindo o escoamento anticiclônico nos níveis médios e baixos da atmosfera, resultando em uma grande crista troposférica (área alongada de alta pressão) estendida sobre o Oceano. Nota-se ainda, um sistema de alta pressão (massa de ar frio e úmido), que é avistado sobre o Oceano, na altura do Litoral Sul de SC e RS, mantendo muitas nuvens em boa parte da faixa Leste da Região Sul do Brasil (em tons de cinza), em função da circulação dos ventos úmidos de leste/nordeste, nas primeiras camadas da atmosfera, que transportam umidade do Oceano para o continente, e ao se deslocarem sobre o continente encontram uma barreira física, a Serra do Mar, o que favorece o desenvolvimento de nuvens irregulares na Região. Este sistema na meteorologia, é denominado como circulação marítima (umidade que vem do mar para o continente) conhecido também como Lestada. Em SC, ocorrem temporais localizados sobre o Extremo Oeste, com descargas elétricas e possível granizo isolado. Entre o Meio Oeste, e parte do Planalto Sul, ocorrem grandes aberturas de sol. Já no Litoral Sul, a predomínio de sol com poucas nuvens. Entre a Grande Florianópolis, até o Litoral Norte e Vale do Itajaí, ocorre chuviscos isolados, devido a circulação marítima.

Graduando em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia