Hora Local: 18:00UTC
ANÁLISE DA IMAGEM SINÓTICA
Na imagem de satélite desta terça-feira (18UTC),
observa-se uma frente fria penetrando sobre o estado de Santa Catarina se
estendendo ao longo do Oceano atlântico adjacente até uma baixa pressão com
núcleo central de 1000hPa, acoplado ao ramo quente que prossegue na sua
vanguarda (fora do domínio desta imagem). A dinâmica deste sistema favorece o fluxo
de ar frio e úmido orientado de oeste para leste, dando origem a um cavado pós-frontal
(área alongada de baixa pressão), provocando uma grande quantidade de nuvens
irregulares (em tons de cinza e laranja). Outro cavado é observado entre o Oceano
Pacifico, Chile e parte da Região Leste da Argentina, mantendo o escoamento
ciclônico sobre essas regiões, sendo responsável pela produção de nebulosidade significativa,
ocasionando chuva fraca em pontos isolados. Um centro de alta pressão pós-frontal
(massa de ar seco e frio) possui valor central de 1024hPa, onde atua sobre o
centro da Argentina na altura do Uruguai, o qual mantém uma intensa crista (área
alongada de alta pressão) estendida sobre o a Região Norte, impulsionando o
movimento anticiclônico do ar, mantendo advecção de umidade sobre essas Regiões
o que dificulta a formação de nebulosidade e que
favorece a descendência do ar nos níveis mais profundos da atmosfera,
resultando na compreensão adiabática do ar. O Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) encontra-se
com isóbara central de 1024hPa, (fora do alcance desta imagem) aonde seu
movimento anti-horário contribui na manutenção do ar seco em áreas provenientes
como a Região mais ao Nordeste do Brasil, mantendo uma intensa crista atmosférica que chega a penetrar até os níveis mais profundos da atmosfera (200hPa), favorecendo nos baixo índices de chuva. Nas demais Regiões da imagem (em tons
de cinza e escuro), céu claro a poucas nuvens.
Graduando
em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia