ANÁLISE SINÓTICA_07/01/2013

                                               Segunda-feira, 07 de Janeiro de 2013
             
Imagem Reproduzida Sinóticamente por: Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia.
Hora Local: 12:30h

                                         ANÁLISE DA IMAGEM SINÓTICA
Na análise sinótica desta segunda-feira, observa-se um cavado (área alongada de baixa pressão) associado a um intenso centro de baixa pressão sobre o Paraguai, que aprofunda-se com valor central de 999hPa, além da baixa do Chaco e mais outro sistema de baixa pressão sobre o nordeste da Argentina com núcleo de 1002hPa, o qual contribuem para a manutenção dos ventos quentes e úmidos do quadrante norte a noroeste, provenientes de fontes como a Amazônia e Chaco Boliviano, o que mantém nuvens com forte desenvolvimento vertical, as chamadas Cumulunimbus (em tons de laranja, amarelo e azul). Este sistema até o presente momento, provoca uma grande concentração de descargas atmosféricas (raios)  ventos fortes, pancadas de chuva moderada a forte que pode estar associado a granizo isolado. Um jato subtropical (ventos fortes em altos níveis da troposfera), entre a Argentina e Uruguai, é responsável pelo espalhamento de nuvens constituídas por cristais de gelo (camada fina nebulosa) do tipo cirruformes (cirrus), além do forte contraste de temperatura, que é responsável por intensifica respectivamente o sistema de baixa pressão sobre o Nordeste da Argentina. Na retaguarda deste sistema, observa-se uma banda de nebulosidade (em tons de cinza, laranja e amarelo) associada ao deslocamento de uma frente fria, o qual encontra-se conectado a uma baixa pressão com valor minimo de de 990hPa, em fase de oclusão, possuindo fraco gradiente de pressão. Nota-se a atuação de um sistema anticiclônico pós frontal (massa de ar seco) com valor estimado de 1007hPa, mantendo advecção de umidade em boa parte da Argentina. Outro cavado, é observado mais ao Sul da Argentina, associado aos ventos da alta troposfera, que intensifica e espalha áreas de instabilidade, o que ocasiona pancadas de chuva acompanhadas de trovoadas. Outro cavado é avistado sobre o Oceano Atlântico na altura da Região Sudeste e Sul do Brasil, ocasionando nuvens irregulares. Observa-se ainda presença de outro cavado embebido no escoamento baroclínico mais ao sul da altura de SC, em função da circulação do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) com pressão pontual de 1026 hPa. Em SC, nota-se a influencia visível do cavado, que gera uma grande quantidade de nuvens, que por sua vez, provocam pancadas de chuva isolada, sobre tudo entre o Oeste, Meio Oeste e Planalto Sul. Observa-se ainda, muitas nuvens médias e altas sobre praticamente todas as Regiões, fazendo com que o sol apareça entre nuvens. As temperaturas em SC, se mantém em progressiva elevação, com 33,3ºC em Urussanga, 27,3ºC em Chapecó, 34,5ºC em Corupá, 31,2ºC em Florianópolis, e com 26,8ºC em Bom Jardim da Serra.

Graduando em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia